05/12/08

OS POETAS DAS "QUINTAS"/ VASCO GATO

SEGREDO

segreda-me a canção dos dias
sem que nos ouça a noite terrível
e deixa que dance em mim a voz,
a voz azul que é o lugar onde
o mundo não pára de nascer.

segreda-me o teu nome, agora,
e farei de nós o amor, a constelação,
o sonho de uma estação sem morte.

(Vasco Gato, in "Um mover de mão)

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