PENA DE MORTE
Que pena as árvores morrerem de pé
Que pena ser massa comida às colheres
Que pena o meu humor ser negro
Que pena ser mouro ter só quatro mulheres
Que pena este grito não chegar a Marte
Que pena pequena a pena de morte
Que pena a tinta não ser permanente
(Que penas que tinhas índia à minha frente)
Que pena a maçã já não ser pecado
Que pena a bomba ter rebentado
A pena que eu tenho deu-te sorte
A pena pequena é pena de morte
Que pena este grito não chegar a Marte
(Rui Reininho, in "líricas come on & anas)
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