Falo-te de chuva
como quem diz que as minhas mãos
não se exaltam em revisitar-te o peito.
Falo-te de sol
como excesso de brilho entre nós.
Revejo todos os verdes
no peppermint do meu cálice
enquanto a janela abro
pouco depressa
sobre a tarde.
Falo-te de cansaço
como quem se sentasse
numa poltrona de lã.
(Daniel Maia-Pinto Rodrigues, "Dióspiro"/ Quasi Editores)
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