A TODOS OS NOSSOS SEGUIDORES, CÚMPLICES, AMIGOS, INIMIGOS, INDIFERENTES, QUE ONTEM ENCHERAM O GRANDE AUDITÓRIO DO TCA PARA PARTICIPAREM EM MAIS UMA "QUINTA DE LEITURA", AGRADECEMOS DO FUNDO DO NOSSO CORAÇÃO DESARRUMADO.
FIQUEM, PARA MATAR SAUDADES DESSA NOITE MÁGICA, COM UM DERRADEIRO POEMA DE FILIPA LEAL:
NO FUNDO DOS RELÓGIOS
Demoro-me neste país indeciso
que ainda procura o amor
no fundo dos relógios,
que se abre
como se abrisse os poros solitários
para que neles caiam ossos, vidros, pão.
Demoro-me
no ventre desta cidade
que nenhum navio abandonou
porque lhe faltou a água para a partida,
como por vezes desaparece a estrada
que nos conduz aos lugares
e ali temos que ficar.
(Filipa Leal, in "A Cidade Líquida e outras Texturas"/ Deriva Editores)
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