Mais um desconcertante poema de Adília Lopes, poeta pop e nem por isso:
D. Sebastião e Mariana Alcoforado
A minha prisão
está cheia
de nevoeiro
O meu convento
está cheio
de vento
No nevoeiro
não tenho
paradeiro
No vento
não tenho
contento
Passo os dias
com as minhas tias
Eu também
Estou farto
do meu parto
Estou farta
de Esparta
Um bispo
não resolve isto
(in "Obra", Mariposa Azual)
Sem comentários:
Enviar um comentário