Iniciamos hoje a publicação de alguns dos poemas de João Habitualmente que poderão ser lidos no seu novo livro "DE MINHA MÁQUINA COM TEU CORPO", a lançar na próxima sessão das "Quintas de Leitura".
A minha praia
Nada ficará
da pedra sobre pedra
com que fomos compondo nossos ninhos
seremos ruína
arqueologia dum tempo sulfúrico
betão desgastado, ferro torcido
Nada falará
só o cosmos em festa
libertado da sua verruga
Será assim, a nossa ausência:
um silêncio para sempre
nada que perturbe a perfeição dos ventos
mas, por agora
resta ainda a minha praia favorita
com escombros à ilharga
e um mar nítido como nos postais antigos
(poema de João Habitualmente)
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