30/06/08

MAIS POESIA DE CATARINA NUNES DE ALMEIDA

NOCTURNO

Escuto sem margens a melodia do rio.
Na noite existe um canto líquido
sementes que ardem nas línguas dos rouxinóis.
Sorvo essa polpa essa enxurrada de valsas
e atravesso a ponte.

Um calor primitivo roça a madrugada:
És tu o sol que me nasce entre as pernas.

(in "Prefloração", Quasi Edições)

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