13/07/07

Pedido do Poeta Daniel Maia-Pinto Rodrigues ao Doutor Rui Rio

(Tino Pereira ao volante do De Tomaso Pantera
foto: Automundo - colecção Rui Quéirós - na sportscarportugal.com.sapo.pt)

Doutor Rui Rio, localize, por favor
o antigo carro de corrida De Tomaso Pantera,
que correu em Portugal de 1976 a 1983,
e faça-o alinhar no Circuito de Clássicos da Boavista.

Falando agora mais em geral: na minha opinião
o veículo que em Portugal
melhor interpretou o espírito do automobilismo
foi aquele De Tomaso Pantera GTS.
Este automóvel de competição – igualmente com
especificações para estrada – animou, nos primeiros
anos da década de 70, as corridas de Grande Turismo
por todo esse mundo. Formava grelhas de partida
com os Ferrari (Daytona) 365 GTB 4, com os
Porsche 911 S e os Chevrolet Corvette.

Um destes De Tomaso Pantera correu em Portugal
em todos os circuitos e em todas as rampas de montanha
desde o início de 1976 até ao final de 1983,
quando viu, então, chegar ao fim a homologação desportiva
que o permitia entrar em competição.

Pelas suas características, únicas em Portugal,
de carro italiano de Grande Turismo,
alinhando, com absoluta regularidade,
em provas de velocidade, pelo implícito que
isso tem de “carro solitário”, pela beleza das linhas,
por ter participado galharda e desportivamente,
já na década de 80, com automóveis mais novos,
e alguns deles (pela evolução da tecnologia)
bem mais potentes e mises au point – é aquele De Tomaso Pantera
o veículo, na minha opinião, e como já disse, que melhor
soube interpretar o espírito do automobilismo em Portugal.
Já agora referir quem sempre o conduziu: Tino (Celestino) Pereira.

Tasquinhas de Vila do Conde,
casas-de-pasto de Vila Real,
viagens ao Estoril,
calor e frio das Montanhas por onde os carros sobem as Rampas;
estais em mim, estais na minha poesia,
estais na minha memória. Sabeis bem que encontro Poesia
no Vago e no Afastamento, mas que também encontro
a Poesia em vós, Momentos Reais, Vida, Entusiasmos, Recordações.

Daniel Augusto Maia-Pinto Rodrigues, quarenta e poucos anos, um fã de automobilismo.

(poema do livro «Dióspiro» - 30 anos de poesia - de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, recentemente lançado no ciclo Quintas de Leitura).

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