"Matilda Carlota" de Lander Patrick e Jonas Lopes
Matilda Carlota (2014)
Criação de Jonas Lopes
Interpretação Jonas Lopes
e Lander Patrick
Os dois criadores mostrarão um excerto desta peça na próxima sessão do ciclo Quintas de Leitura - a 23 de janeiro. Sobre a peça e sobre Lopes e Patrick podemos explicar:
“Havia uma pessoa
que convidava outras
pessoas
para lanchar com ela
ela fazia pudins complicados
tão complicados
que eram precisas mais duas pessoas
para os fazer
o que é muito perigoso
porque se três pessoas fazem a mesma coisa
ao mesmo tempo (mais ou menos)
ou morre a mais velha ou morre a mais nova (…)
entretanto as criadas iam morrendo
mas os convidados não apareciam
ela chegou mesmo a suspeitar
que nunca os tinha convidado
(…)
comia ela os pudins com a criada que sobrava
e às vezes com uma barata
e as criadas não achavam bem a barata
em cima da mesa
e a barata deixou
de aparecer
(…)”
por Adília Lopes
Ficha Artística
Criação | Jonas Lopes
Interpretação | Jonas Lopes e Lander Patrick
Coro |
Cantacellis
Produção | Andreia Carneiro e Mafalda Jacinto
Coprodução | Centro Cultural de Vila Flôr
Apoios (residências) | O Espaço do Tempo
Agradecimentos | Rui
Horta, Margarida Bettencourt, André Teodósio, Fábio Rocha de Carvalho, Mário
Ventura, Allena Dittrichová, Clara Antunes, Telma Pinto, Grupo Vocal Trítono
(Évora), Cantacellis (Barcelos).
BIOGRAFIAS
Jonas Lopes
Chama-se Jonas devido a uma
promessa materna, que a quando do parto, resolve oferecer-lhe um nome biblíco.
Quando em criança lhe perguntam o quer ser quando crescer, este responde em
cada dia um animal diferente.
Entra, mais tarde, na escola Chapitô
onde passa três anos com professores como Sofia Neuparth, Amélia Bentes ou
António Pires, faz residências artísticas em Itália, visita museus em
Espanha, executa um estágio profissional em palco no São Luiz, e almoça
com vista sobre o Tejo e O Cristo Rei. Boa vida…
Acabando o curso, e depois de um
ano a fazer musicais para juntar dinheiro, emigra para Londres. Aí é-lhe
apresentada a poligamia, partilha casa com pessoas que cresceram num barco ou
nos Pirinéus, e canta fado em diversos eventos da cidade.
Com saudades do azeite
Luso, volta para Lisboa para gravar um álbum que é editado em 2011 com o nome
de Fado Mutante, sendo-lhe atribuído o prémio Carlos Paredes 2012.
Entretanto com a entrada na Escola
Superior de Dança, vai-se lançando como criador, essencialmente em colaboração
com Lander Patrick.
Sente que nasceu com o rabinho
virado para a Lua por viajar, aprender e trabalhar com nomes do teatro, música
e dança como Margarida Bettencourt, Sofia de Portugal, Maria João, entre
outros.
Lander Patrick
Lander Patrick sofre de asma crónica
desde que se mudou de Brasil para Portugal em 1989, ano em que nasceu. Foi
federado em volleyball para rematar a
doença, acabando por se formar em dança. Atualmente mora em Lisboa. Tem vindo a
colaborar, por esse mundo fora, com pessoas que admira, tais como: Luís Guerra,
Tomaz Simatovic, Marcelo Evelin, Alejando Ahmed, Margarida Bettencourt, Jonas
Lopes, entre outros. A recepção de dois prémios em coreografia - 1º prémio no
Festival Koreografskih Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles
Never Break When Boiled e 2º prémio no «No Ballet» International
Choreography Competition (Alemanha) com a peça Cascas d'OvO - motivaram-no
a engajar-se na criação coreográfica em vez trabalhar num call center.
Enquanto autor, apresentou e colaborou em produções apresentadas em Portugal,
Itália, Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Holanda e Sérvia. Vive
numa autocaravana com o seu amor e acredita que o vegetarianismo contribuirá
para uma prolongada existência do planeta.
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