14/01/14


Ciclo “Quintas de Leitura”
começa o ano com Nuno Júdice e Elisa Rodrigues



O ciclo “Quintas de Leitura” do Teatro do Campo Alegre/Câmara Municipal do Porto inicia a ação poética de 2014 com uma sessão construída em torno de “Navegação de Acaso”, o mais recente livro de poemas de Nuno Júdice.

Esta sessão está marcada para 23 de janeiro, às 22h00, no auditório do teatro.

Lembremos que Nuno Júdice recebeu em novembro de 2013 o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.

O poeta convidado conversará com o jornalista Nicolau Santos, ficando as leituras a cargo dos atores Teresa Coutinho e João Paulo Costa e do próprio poeta.

Entre leituras, o som do saxofone de Mário Dinis Marques.

A imagem da sessão é assinada pelo fotógrafo Nelson D’Aires, sendo ainda de destacar a presença da dupla de performers Lander Patrick e Jonas Lopes, num excerto da peça “Matilda Carlota”, inspirada num poema de Adília Lopes.

A voz encantatória de Elisa Rodrigues fecha a sessão, acompanhada pelos músicos Pedro Vidal (guitarra) e Cícero Lee (contrabaixo).


Já podemos afirmar com toda a segurança que Elisa Rodrigues começa a ser um nome incontornável da música portuguesa. Depois de em 2011 ter lançado “Heart Mouth Dialogues”,pela JACC Records, um disco que muda de um registo mais clássico do jazz em temas como Cry me a river ou You don’t know, para momentos mais modernos como Dumb ou Roxane e até para registos que surpreendem, Elisa tem tocado um pouco por todo o país com o pianista Júlio Resende, transformando os espaços por onde passa em noites de espanto, envolvidos pela sua voz doce e dramática por vezes, e noutros momentos, uma voz poderosa junta-se ao improviso da magia do pianista Júlio Resende. Mas Elisa não é apenas  Heart Mouth Dialogues. No final de 2012, é convidada pela banda inglesa THESE NEW PURITANS para cantar no último disco do coletivo com lançamento em Junho “Fields of Reeds”. Em 2013 e também com os TNPS, Elisa Rodrigues prepara-se para cantar nos mais diversos palcos europeus e americanos.
A banda inglesa atuou três vezes no nosso país, a última das quais na edição de 2011 do Optimus Alive. A banda de Southend-On-Sea tem previsto para 10 de junho a edição do terceiro álbum de originais, Field of Reeds, sucessor do aclamado Hidden, de 2010 (melhor álbum daquele ano para o New Musical Express). Paralelamente, a cantora faz também parte da presente digressão de Rodrigo Leão, Songs Tour, onde se tem apresentado nos mais diversos palcos nacionais. Agora Elisa vai juntar e compatibilizar datas com Rodrigo Leão, com os concertos agendados com os These New Puritans, estando confirmada em atuações na primeira parte de Björk, asseguradas pela banda inglesa.

Jonas Lopes. Chama-se Jonas devido a uma promessa materna, que a quando do parto, resolve oferecer-lhe um nome bíblico. Quando em criança lhe perguntam o quer ser quando crescer, este responde em cada dia um animal diferente. Entra, mais tarde, na escola Chapitô onde passa três anos
com professores como Sofia Neuparth, Amélia Bentes ou António Pires, faz residências artísticas em Itália, visita museus em Espanha, executa um estágio profissional em palco no São Luiz, e almoça com vista sobre o Tejo e O Cristo Rei. Boa vida… Acabando o curso, e depois de um ano a fazer musicais para juntar dinheiro, emigra para Londres. Aí é-lhe apresentada a poligamia, partilha casa com pessoas que cresceram num barco ou nos Pirinéus, e canta fado em diversos eventos da cidade. Com saudades do azeite Luso, volta para Lisboa para gravar um álbum que é editado em 2011 com o nome de Fado Mutante, sendo-lhe atribuído o prémio Carlos Paredes 2012. Entretanto com a entrada na Escola Superior de Dança, vai-se lançando como criador, essencialmente em colaboração com Lander Patrick. Sente que nasceu com o rabinho virado para a Lua por viajar, aprender e trabalhar com nomes do teatro, música e dança como Margarida Bettencourt, Sofia de Portugal, Maria João, entre outros.

Lander Patrick sofre de asma crónica desde que se mudou do Brasil para Portugal em 1989, ano em que nasceu. Foi federado em volleyball para rematar a doença, acabando por se formar em dança. Atualmente mora em Lisboa. Tem vindo a colaborar, por esse mundo fora, com pessoas que admira, tais como: Luís Guerra, Tomaz Simatovic, Marcelo Evelin, Alejando Ahmed, Margarida Bettencourt, Jonas Lopes, entre outros. A receção de dois prémios em coreografia - 1º prémio no Festival Koreografskih Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles Never Break When Boiled e 2º prémio no «No Ballet» International Choreography Competition (Alemanha) com a peça Cascas d'OvO - motivaram-no a engajar-se na criação coreográfica em vez trabalhar num call center. Enquanto autor, apresentou e colaborou em produções apresentadas em Portugal, Itália, Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Holanda e Sérvia. Vive numa autocaravana com o seu amor e acredita que o vegetarianismo contribuirá para uma prolongada existência do planeta.

NELSON D’AIRES, Vila do Conde, 1975. Formado na área da construção civil como técnico de obras, abandona a atividade no final de 2005. Em 2006 estabelece-se como fotógrafo independente dedicando-se à fotografia documental, cumprindo assim o desejo de se dedicar a tempo inteiro à pesquisa e ao desenvolvimento da Fotografia. É autodidata. Nesse ano vence o prémio Novo Talento Fotografia FNAC com a série “Contra-Fogo” (2005). Em 2007 é convidado a ser membro do coletivo Kameraphoto, onde se mantém atualmente a desenvolver trabalhos coletivos (exposições e livros).
A sua última exposição individual “Mar Fêmea” aconteceu na Kgaleria em 2009. Está representado na coleção de fotografia BESart com fotografias do trabalho “State of Affairs” (2009). A sua participação coletiva mais recente foi na exposição “Um Diário da República” do conectivo Kameraphoto na galeria da Fundação EDP, Porto. O seu trabalho ao longo dos últimos anos tem vindo a ser premiado nos principais concursos de fotojornalismo português e em 2011 foi premiado com o Prémio Internacional de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora, o maior galardão de fotojornalismo atribuído em Portugal, com a reportagem “Leandro”. Atualmente encontra-se a desenvolver trabalho para o projeto “Um Diário da República” edição 2012 do coletivo Kameraphoto. A Bolsa Estação Imagem Mora para 2012 foi atribuída a Nelson d’Aires, com a proposta “Álbum de família – a memória de Mora, como demora a fotografia”.

23 de janeiro – 22h00
“NAVEGAÇÃO DE ACASO”
QUINTAS DE LEITURA
Maiores de 16 anos
Auditório
Bilheteira: 226063000 (tarde e noite)
Bilhetes: 11 euros (normal), 7,50 euros (estudante, reformado e cartão jovem)


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