Ciclo
“Quintas de Leitura”
começa
o ano com Nuno Júdice e Elisa Rodrigues
O ciclo “Quintas de
Leitura” do Teatro do Campo Alegre/Câmara Municipal do Porto inicia a ação
poética de 2014 com uma sessão construída em torno de “Navegação de Acaso”, o
mais recente livro de poemas de Nuno Júdice.
Esta sessão está marcada
para 23 de janeiro, às 22h00, no auditório do teatro.
Lembremos que Nuno
Júdice recebeu em novembro de 2013 o Prémio Rainha Sofia de Poesia
Ibero-Americana.
O poeta convidado
conversará com o jornalista Nicolau Santos, ficando as leituras a cargo dos
atores Teresa Coutinho e João Paulo Costa e do próprio poeta.
Entre leituras, o som do
saxofone de Mário Dinis Marques.
A imagem da sessão é
assinada pelo fotógrafo Nelson D’Aires, sendo ainda de destacar a presença da
dupla de performers Lander Patrick e Jonas Lopes, num excerto da peça “Matilda
Carlota”, inspirada num poema de Adília Lopes.
A voz encantatória de
Elisa Rodrigues fecha a sessão, acompanhada pelos músicos Pedro Vidal (guitarra)
e Cícero Lee (contrabaixo).
Já podemos afirmar com
toda a segurança que Elisa
Rodrigues começa a ser um nome incontornável da música portuguesa.
Depois de em 2011 ter lançado “Heart Mouth Dialogues”,pela JACC Records, um
disco que muda de um registo mais clássico do jazz em temas como Cry me a river
ou You don’t know, para momentos mais modernos como Dumb ou Roxane e até para
registos que surpreendem, Elisa tem tocado um pouco por todo o país com o
pianista Júlio Resende, transformando os espaços por onde passa em noites de
espanto, envolvidos pela sua voz doce e dramática por vezes, e noutros
momentos, uma voz poderosa junta-se ao improviso da magia do pianista Júlio
Resende. Mas Elisa não é apenas Heart
Mouth Dialogues. No final de 2012, é convidada pela banda inglesa THESE NEW
PURITANS para cantar no último disco do coletivo com lançamento em Junho
“Fields of Reeds”. Em 2013 e também com os TNPS, Elisa Rodrigues prepara-se
para cantar nos mais diversos palcos europeus e americanos.
A banda inglesa atuou
três vezes no nosso país, a última das quais na edição de 2011 do Optimus
Alive. A banda de Southend-On-Sea tem previsto para 10 de junho a edição do
terceiro álbum de originais, Field of Reeds, sucessor do aclamado Hidden, de
2010 (melhor álbum daquele ano para o New Musical Express). Paralelamente, a cantora faz também
parte da presente digressão de Rodrigo Leão, Songs Tour, onde se tem
apresentado nos mais diversos palcos nacionais. Agora Elisa vai juntar e
compatibilizar datas com Rodrigo Leão, com os concertos agendados com os These
New Puritans, estando confirmada em atuações na primeira parte de Björk,
asseguradas pela banda inglesa.
Jonas Lopes. Chama-se Jonas
devido a uma promessa materna, que a quando do parto, resolve oferecer-lhe um
nome bíblico. Quando em criança lhe perguntam o quer ser quando crescer, este
responde em cada dia um animal diferente. Entra, mais tarde, na escola Chapitô
onde passa três anos
com professores como
Sofia Neuparth, Amélia Bentes ou António Pires, faz residências artísticas em
Itália, visita museus em Espanha, executa um estágio profissional em palco no
São Luiz, e almoça com vista sobre o Tejo e O Cristo Rei. Boa vida… Acabando o
curso, e depois de um ano a fazer musicais para juntar dinheiro, emigra para
Londres. Aí é-lhe apresentada a poligamia, partilha casa com pessoas que
cresceram num barco ou nos Pirinéus, e canta fado em diversos eventos da
cidade. Com saudades do azeite Luso, volta para Lisboa para gravar um álbum que
é editado em 2011 com o nome de Fado Mutante, sendo-lhe atribuído o prémio
Carlos Paredes 2012. Entretanto com a entrada na Escola Superior de Dança,
vai-se lançando como criador, essencialmente em colaboração com Lander Patrick.
Sente que nasceu com o rabinho virado para a Lua por viajar, aprender e
trabalhar com nomes do teatro, música e dança como Margarida Bettencourt, Sofia
de Portugal, Maria João, entre outros.
Lander Patrick
sofre de asma crónica desde que se mudou do Brasil para Portugal em 1989, ano
em que nasceu. Foi federado em volleyball para rematar a doença, acabando por
se formar em dança. Atualmente mora em Lisboa. Tem vindo a colaborar, por esse
mundo fora, com pessoas que admira, tais como: Luís Guerra, Tomaz Simatovic,
Marcelo Evelin, Alejando Ahmed, Margarida Bettencourt, Jonas Lopes, entre
outros. A receção de dois prémios em coreografia - 1º prémio no Festival
Koreografskih Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles Never Break When Boiled e
2º prémio no «No Ballet» International Choreography Competition (Alemanha) com
a peça Cascas d'OvO - motivaram-no a engajar-se na criação coreográfica em vez
trabalhar num call center. Enquanto autor, apresentou e colaborou em produções
apresentadas em Portugal, Itália, Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Brasil,
Holanda e Sérvia. Vive numa autocaravana com o seu amor e acredita que o
vegetarianismo contribuirá para uma prolongada existência do planeta.
NELSON D’AIRES,
Vila do Conde, 1975. Formado na área da construção civil como técnico de obras,
abandona a atividade no final de 2005. Em 2006 estabelece-se como fotógrafo
independente dedicando-se à fotografia documental, cumprindo assim o desejo de se
dedicar a tempo inteiro à pesquisa e ao desenvolvimento da Fotografia. É autodidata.
Nesse ano vence o prémio Novo Talento Fotografia FNAC com a série “Contra-Fogo”
(2005). Em 2007 é convidado a ser membro do coletivo Kameraphoto, onde se
mantém atualmente a desenvolver trabalhos coletivos (exposições e livros).
A sua última exposição
individual “Mar Fêmea” aconteceu na Kgaleria em 2009. Está representado na
coleção de fotografia BESart com fotografias do trabalho “State of Affairs”
(2009). A sua participação coletiva mais recente foi na exposição “Um Diário da
República” do conectivo Kameraphoto na galeria da Fundação EDP, Porto. O seu
trabalho ao longo dos últimos anos tem vindo a ser premiado nos principais
concursos de fotojornalismo português e em 2011 foi premiado com o Prémio
Internacional de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora, o maior galardão de fotojornalismo
atribuído em Portugal, com a reportagem “Leandro”. Atualmente encontra-se a
desenvolver trabalho para o projeto “Um Diário da República” edição 2012 do
coletivo Kameraphoto. A Bolsa Estação Imagem Mora para 2012 foi atribuída a
Nelson d’Aires, com a proposta “Álbum de família – a memória de Mora, como
demora a fotografia”.
23
de janeiro – 22h00
“NAVEGAÇÃO
DE ACASO”
QUINTAS
DE LEITURA
Maiores de 16 anos
Auditório
Bilheteira: 226063000 (tarde e noite)
Bilhetes: 11 euros (normal), 7,50 euros (estudante,
reformado e cartão jovem)
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