Pão
quente
Escravo
do que aparece escrevo
porque
acontece (a doença da poesia:
não
desejo poesia a ninguém). O que
revelas
à folha ao comprar uma caneta?
Algo
assim como «metáfora
resiste
à metonímia» ou
«virá
o dia em que o simples falar
será
poesia»? Este
(com
licença)
poema
é uma das possibilidades:
a
poesia está nas coisas
(pão
quente)
destapa-a.
(João
Luís Barreto Guimarães)
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