em
cima da cabeça marcava
o
lugar que um lápis semestralmente
riscava
na parede da cozinha.
A
única sabedoria dos ossos, crescerem
como
a teia sólida de um propósito
e
a anatomia mais transparente.
Centímetro
a centímetro
espigava
o corpo imaginário, essa contabilidade
que
era assim íntima, pictórica,
como
uma cena burguesa.
Traço
a traço a parede da cozinha
tornou-se
rupestre,
a
infância uma ternura assustadora.
Esta
era a minha altura.
Agora
sou tão mais alto e mais pequeno.
(Pedro
Mexia)
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