Manuel António Pina por Pat
Um
dia destes, zás!, morro!
Entre
Deus e o Diabo venha o Diabo e escolha.
Entre
amar-te e a vida te escolho ó dia como
uma
doença de pele e te redijo
por
palavras minhas tão envergonhado ó dia!
conforta-me
e lava-me de toda a porcaria que eu
com
a unha da melancolia te corrijo.
Em
Lisboa perdi a paciência,
fui
crucificado morto e enterrado.
Ressuscito-te
dos mortos. E dentro da barriga te persisto
e
entre dentes te percorro de solidão inesperado.
A
ti recorro ó cirurgião estou tão zangado tão zangado
e
morro porque não tenho idade para isto!
(Poema
de Manuel António Pina)
3 comentários:
Sempre a vida, sempre!
A alegria,
as diabruras...(o que seria da vida sem elas?!)
Parabéns pelo poema,
Abraço do Pedra
Afinal vai haver um Quintas de Leitura sobre o Manuel António Pina ou não? Beijinhos!
Olá Graça ! No âmbito do ciclo poético Quintas d eLeitura está prevista uma homenagem ao escritor Manuel António Pina no início do próximo ano.
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