Pendurado num camião do
lixo atravessas a cidade
de bairro em bairro de rua
em rua de beco em beco
com as luvas de protecção e
o colete fluorescente. Conheces
como ninguém o cheiro
a azedo e a vomitado...
Não te surpreendas se um dia
destes descobrires um coração
ainda a sangrar embrulhado
num saco de supermercado
(in "O Poeta Nu", Jorge Sousa Braga)
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