30/04/08

COMUNHÃO

Uma pomba catando a
outra numa janela do sétimo

andar do hospital. Nada
as perturba. Nem o ruído

das escavadoras no túnel
em construção. Uma pomba

catando a outra num gesto
de ternura. Os olhos são

a única impureza no meio
de tanta brancura

(in "O Poeta Nu", Jorge Sousa Braga)

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