Um
geógrafo, um poeta e um músico encontram-se na Rua das Estrelas pela primeira
vez. É esta, em síntese, a história da próxima “Quinta de Leitura”, ciclo
poético promovido pela Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Ciência e
Desenvolvimento.
A
sessão, que vale por três, realiza-se no dia 24 de Maio, às 22h00, no Auditório
do Teatro do Campo Alegre. Um espetáculo para maiores de 16 anos.
O
geógrafo Álvaro Domingues fará mais uma das suas conferências esquisitas, a
quarta integrada neste ciclo, desta feita subordinada ao tema “Paisagens
transgénicas”. E explica ao que vem: “desde que as Ciências da Vida abriram a
Caixa de Pandora da engenharia genética, instalou-se o desassossego do costume
acerca do nome, das coisas e dos sentidos das coisas. Assim também as
paisagens. Face ao desconhecimento e à incompreensão do que está a mudar na
paisagem portuguesa, parece que a opinião corrente ficou presa entre o ‘Centro
Histórico’ (a velha e boa cidade) e a ‘Aldeia Típica’ (o bucolismo dos campos e
das suas gentes simples). Enganam-se. Porque de génese cruzada e de abundância
de materiais doces e ácidos, a paisagem é transgénica, instável, exótica e
escorregadiça”.
Depois
de um curto intervalo, o poeta Nuno Moura lerá fragmentos do seu novíssimo livro
“Prémio Nacional de Poesia”. Qual prestidigitador, traz na algibeira dois
amigos músicos para ajudarem à festa: Beatriz Nunes, a jovem vocalista dos
Madredeus, e o guitarrista José Ferreira. Estreia absoluta do coletivo “Mau Sangue”
nas “Quintas de Leitura”.
A
noite fecha com a sonoridade mágica de António Zambujo. Voz e violão.
Adivinha-se um concerto memorável.
Registem-se
ainda as participações especiais da acordeonista Inês Vaz e do grupo Momentum
Crew Portugal. Dança Partida (breakdance) nos palcos do TCA, a abrir as
hostilidades.
Sabemos
que não ficará em casa. Bilhetes a pensar na crise: 11,00 Euros e 7,50
Euros.
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